Ibovespa Alcança Novo Recorde e Fecha Acima de 136 Mil Pontos; Dólar Também Sobe

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, registrou um novo recorde nesta terça-feira (20), encerrando o dia acima dos 136 mil pontos pela primeira vez na história. O dólar também acompanhou o movimento de alta, fechando cotado a R$ 5,4831, com um avanço de 1,31%.

Desempenho do Ibovespa: O Que Impulsionou o Índice?

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Atingir essa marca inédita não foi fácil. O Ibovespa teve que superar a queda nas ações da Petrobras (PETR4) e se beneficiar da recuperação dos bancos, que ajudaram a sustentar o índice. Além disso, o cenário interno e externo contribuiu para o desempenho positivo da bolsa.

No Brasil, a expectativa de uma Selic mais alta continua a atrair investidores para o mercado de ações, favorecendo o Ibovespa. Já no exterior, a possível redução dos juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed) e a perspectiva de um pouso suave da economia norte-americana criaram um ambiente favorável para os mercados de ações globais.

Juros e Seu Impacto no Mercado

Nos Estados Unidos, a expectativa de corte de juros tem sido um dos principais motores para o otimismo no mercado de ações. No entanto, após uma sequência de ganhos, as bolsas de Nova York fecharam em queda, ainda que tenham amenizado as perdas no final do dia.

Isso ocorreu após o discurso da diretora do Fed, Michelle Bowman, que mencionou sinais de desinflação nos EUA, deixando os investidores cautelosos antes do simpósio de Jackson Hole, onde o presidente do Fed, Jerome Powell, fará um discurso importante.

No Brasil, a perspectiva de alta na Selic continua influenciando as negociações, embora o Banco Central tenha adotado um tom mais cauteloso. As autoridades evitaram se comprometer com uma nova elevação da taxa, o que levou a um ajuste nas expectativas do mercado.

Por Que o Dólar Subiu?

O dólar acelerou sua valorização ao longo do dia, impulsionado pelo fortalecimento da moeda norte-americana em relação a outras divisas, como o peso mexicano e o rand sul-africano. Além disso, o tom mais moderado do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sobre os próximos passos do Copom, contribuiu para a alta do dólar.

Nos dias anteriores, a valorização do real havia sido atribuída a declarações mais duras do diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, que foram interpretadas como um sinal de uma possível elevação da Selic.

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O cenário continua dinâmico e as expectativas para os próximos movimentos dos bancos centrais, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, permanecem no radar dos investidores, que aguardam ansiosamente por novos desdobramentos.